quinta-feira, 30 de junho de 2011
EXPERIMENTAÇÕES - Primeira Impressões
A trajétoria ancora começou. As experimentações acontecem em vários locais, e estamos todos conhecendo um ao outro e outro ao um. Na Academia de Ciência, o primeiro dia foi genial. Extrair o DNA de um mamão foi uma experiência muito legal. Publicaremos as fotos logo mais. Outros jovens optaram pelas oficinas de TV na Internet e porque não a Internet na TV de cada turma? Esta lançado o desafio. Alguns jovens escolheram o universo das artes e do design gráfico lá no IPEDESH e na ETEC, segue breve relato das primeiras impressões da experimentação na oficina de Recepção e Atendimento.
1. " Bom foi muito legal, começamos aprendre a nos si comunicar com as pessoas que o curso capacita os jovens para atuar em enpresas comerciais um atendente tem que ter perfil, que tem que aprender ouvir as pessoas que os clientes querem ser ouvidos, e atendidos de maneira justa. recepcionar passar uma imagem postiva orientar ajudar nas decisoes esclarecer duvidas, e simplesmente acaumar os ânimos"
Samantha.
2. " Um dia de experimentação foi muito legal! começamos a aprender a si comunicar com as pessoas, que o curso capacita o jovem para atuar em empresas comerciais. Um atendente tem que ter perfil, que tem que aprender ouvir, as pessoas, e que os clientes querem ser ouvidos e atendidos de maneira justa. Recepcionar: Passar uma imagem positiva orientar e ajudar nas decisões e tirar dúvidas, e simplesmente acalmar os ânimos, e ser agil e rápido."
Patrícia Pereira Antunes
3. " A etec foi bastante interessante - aprendemos como atender alguém e como ser atendido bem, conhecer pessoas novas a profª Luciene super simpática."
Welber Nascimento
4. " Etec - 28.06.2011 - Eu achei muito legal, fizemos lição e também fizemos uma demonstração de atendimento e recepção e conversamos bastante. Tive a impressão que essa experimentação vai ser muito importante para nós, e vai nos trazer experiencias, tenho certeza que vamos aprender muita coisa lá. A professora é muito legal, e vai nos ensinar ou ser um profissional na area de recepção e atendimento, apesar dela ser formada em outras areas."
Andressa Gomes da Silva
5. " Eu gostei do curso, por que a gente enteragem com todos alunos, assim fico mais legal e aprendemos mais."
Marina gomes de Almeida
6. " Simplesmente amei o curso na Etec, amei a professora também. A professora Luciane é super legal ela explica muito bem. Ela fez também tipo uma dinâmica, pediu para formar duplas ser o atendente pra ver se sabemos nos portar e vice versa. Gostei de tudo! "
Jenifer b. Fernandes
7. " Eu fui no primeiro dia, fiu super legal eu adorei. A professora é um amor ela se chama Luciane ela passou umas lições dos pontos principais sobre ser uma atendente e recepcionista, ela pediu para que nós se ajunta-se com outra pessoa ai fixou eu e a jenifer Primeiro eu tinha que me passar de atendente e depois a jenifer e depois a professora passava em cada dupla perguntando um ponto forte e um fraco da pessoa que se passava por atendente, foi uma experiência muito legal, simplesmente adorei o curso.
Experimentações: agora é pra valer
Iniciamos a terça-feira ainda fazendo alguns ajustes e realocando Karol e Tainá, que não se sentiram contempladas (tadinhas rs).
Bilhetes distribuidos, conversa feita, combinado o horario de encontro e passadas as informações sobre como chegar nas oficinas..."hora do lanche".
Divididos em grupos rolou uma atividade bem legal. Cada grupo elaborou uma palavra-cruzada, justamente entrecruzando os lugares percorridos por eles durante o programa (ou conhecidos deles), elaborando perguntas para cada local.
Atividade que continuaremos a desenvolver semana que vem, fazendo uma disputa saudavel entre os grupos.
Na quarta acompanhei a experimentação de Hotelaria e Recepção na ETEC Zona Leste, participando de um grupo e interagindo assim que possível com a turma do IPEDESH.
Quinta-feira, número reduzido já que boa parte do grupo foi para a ETEC. Conversamos sobre as experimentações ainda na Praça do Forró, obsevei que a galera esta curtindo.
Quem me deixou feliz foi a Tainá pois como foi realocada não estava muito satisfeita "Cheguei meio de cara fechada mas gostei muito, tiramos o DNA de um mamão".
É isso, muita coisa está por vir, semana bacana.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Centro Cultural Banco do Brasil CCBB
Aproximamos-nos das experimentações e ainda algumas bolsas são distribuídas; Pedro nosso coordenador presente se atribuiu dessa função, e outra vez conversamos (só que agora com mais tempo e com quase a totalidade dos jovens) sobre o percentual de freqüência daqueles que não receberam (ainda) a bolsa. Depois os jovens se dividiram em grupos de acordo com suas escolhas nas experimentações; Houve bastante conversa e esclarecimentos por nossa parte acerca dos locais e horários e, por fim quem gostaria de trocar fez essa opção; os nomes fixados na lousa muda
vam assim que algum dos jovens considerava melhor outra escolha. Lanchamos, sorteamos os nomes para assistir o “Jogando no Quintal” e conversamos de maneira informal acerca do programa, freqüência, explorações e experimentações. Foi uma tarde bem produtiva.
15/ 06/2011
Circulação rumo ao CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil - , disse “não sei onde é extamente, mas o Rogério me deu as coordenadas” alguém falou “é longe?”, respondi “não, como da estação ao Lapena”, mais tarde ouvi algumas reclamações mas justifiquei dizendo que tinha comparado da estação São Bento (por qual voltamos) e não da Sé (que tinhamos vindo, me dei bem, sai ileso rs).
No caminho até lá os jovens observavam: mendigos, ofice-boys (um inclusive de skate), policiais, camelôs, trabalhadores e pregadores. Também chamou-lhes a atenção: os prédios, bancos e ruas (históricas).
Caímos em uma “armadilha”, alguns dos jovens pararam para ver um cidadão enérgico que batia na bíblia e chegava a afrontar as pessoas que passavam. Tudo pelo salvação e, parecendo ter o poder de mandar alguém pro inferno.”Esse cara é louco”, um dos jovens falou, quase que em seguida Andreza e Karol soltaram sorrisos tímidos contudo percebidos pelo cidadão enérgico, que batendo na bíblia e vindo em nossa direção disse que se estávamos rindo era porque a carapuça serviu e etc, etc, etc. Ao sairmos espantados algum transeunte disse ao cidadão “Vai trabalhar” o que confesso que gerou outros risos.
“Esse cara não é crente, é louco né?Pode perguntar pro Eliseu que é da igreja”, disse Rodrigo. Concordo plenamente e acrescento que de sábio e louco todo mundo tem um pouco, São Paulo tem dessas coisas.
Nos perdemos um pouquinho, nos achamos logo e lá estávamos: CCBB. Alguns tiravam fotos da casa que deixava uma pessoa grande, outra pequena, disputando intensamente com as inúmeras escolas particulares que por lá se encontravam (não é verdade Jenifer e Jaqueline? Vocês foram corajosas e conseguiram rs).
É até difícil relatar o que vimos: o que parecia ser não era, uma coisa se juntava a outra, tinha quadros que se moviam. Os jovens curtiram muito.
Ao ficarmos em cima de um vidro tendo embaixo uma espécie de tubulação, acima de nós víamos outros colegas que nós chamavam; dando uma volta na sala (sem subir ou descer) éramos nós que olhando no espelho víamos pessoas em cima do vidro. Muito louco!
Pegamos a fila do cine três D, viajamos junto com o narrador conhecendo as mais conhecidas obras de Escher.
Lanchamos e rumo ao metro, trem, São Miguel.
No trajeto outra armadilha da cidade: quem pode mais chora menos! Estávamos divididos em grupinhos devido o numero de pessoas no vagão, o que dificultava perceber que éramos um grupão. Um homem que entrou junto conosco no metro, se infiltrou no meio de algumas jovens, achei meio estranho sua atitude porém acabei concluindo que era porque elas são bonitas (rs). Karol do nada puxou sua bolsa pra frente continuado a conversar normalmente, foi quando vi uma mão leve abrindo a bolsa que estava com a Jaqueline e puxando um celular, segui a direção da mão e dei de cara com o homem; que disfarçou e foi aos poucos indo para perto da porta, quando descemos este também o fez só que voltou para o metro atravessando para o outro lado; alguns jovens (meninos) quiseram ver se encontravam o mão leve ou se simplesmente o encaravam do outro lado da linha, “Vamos embora galera, que hoje o dia foi muito bom pra alguém estragar ele”.
16/ 06/2011
Lista oficial das experimentações divulgadas, bate papo, violão. Então em uma folha sulfite individualmente, foram anotando o que se lembravam da exposição do dia anterior.
Depois em círculo foram apresentando aos demais suas anotações. Em geral gostaram muito da exposição e do vídeo em três D.
“Gostei muito do 3° andar, só tinha dois meninos lá e a gente foi os primeiros, não sabia como era. Paramos no vidro e uns meninos lá de cima chamaram a gente, a gente foi subi e eles apareceram do outro lado, aí que vimos que não dava para subir.” Andressa Gomes
“ O que eu mais gostei foi o filme em três D, pra foi o mais legal.” Mateus
“Gostei dos quadros.”Alisson
“Achei bem legal aquela casa que quando tirava foto aparecia uma pessoa pequena outra grande”Jaqueline
“Eu achei tudo muito estranho, sei lá”Welber
Ressaltei que de fato tal exposição nos aguça a percepção e curiosidade, e que a arte quando não procura imitar a realidade, ela nos provoca a observar as coisas de maneira diferente da comum, do dia a dia. E que se essa exposição fez isso de alguma, nem que seja causando estranheza, ela cumpriu seu papel.
Abordei a questão dos fanzines: fã junto com zine (de magazine=revista). Surgiu na Inglaterra primeiramente enfocando bandas de rock, depois bandas de garagem fora da mídia, hoje aborda os mais variados assuntos, desde DSTs a Cultura. O grupo concordou em fazermos na próxima terça um fanzine para levarmos ao IPJ na quarta (assunto a definir).
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Esse texto é da jovem urbana Indira do N. Lagoa, turma da educadora Drica, e nos foi enviado Pelo Vandeí.
Vejam que sensibilidade e graça ao escrever sobre a sua comunidade.
FAVELA Ô
Andando pela comunidade de Heliópolis, onde meu objetivo era captar as fragmentações socioculturais. Observava cada esquina, cada cachorro atravessando a rua torcendo para não ser atropelado. A menininha andando de calcinha dentre os becos como se fosse a primeira dama, dona do latão, um senhor que falava meio arrastado, com chapéu de palha, terno e sandália de couro.
O rapaz se achando o zica das galáxias, com seu Nike comprado no centro da cidade, e aquelas roupas cheias de marcas. Me sinto meio perdida nesses grupos. Mas, eis que vem de longe, o Senhor da roupa contraditória, a Primeira dama do Latão, e o Zica das Galáxias, soltam em uma só voz: - Fica ai... Chega mais. Heliópolis não tem com o que se preocupar não, eles, nós, temos uns aos outros. Heliópolis não é favela! Heliópolis é cidade, e é a cidade mais unida que conheço. EU GOSTO DE MORAR AQUI. EU GOSTO DAQUI. EU SOU DAQUI.
Indira G. Ribeiro Jovem do Programa Jovens Urbanos Texto referente à cartografia do distrito.
Vimos o filme que envolvia brincadeiras lúdicas com matérias como física e geografia. Gangorra viking, passeio do macaco, balanço radical, tirolesa e outros brinquedos de grande porte feitos com materiais reutilizados, trouxeram reflexões aos jovens. Bem como as entrevistas com estudantes da escola, em uma das falas um destes disse: “agora diminuiu o uso de drogas na escola porque tem pais que trazem os filhos antes da creche”.
Após o vídeo, cada um anotou no diário ou folha avulsa, uma experiência escolar agradável que relembram até hoje. Apareceram, sobretudo, as gincanas: “Corrida de saco, fazer brinquedos com garrafa pet...”, observou Graziela.
Foi uma tarde bem agradável.
08/06/2011
Descontraindo o clima e aproveitando o bom tempo (nem frio nem quente), fomos ao Parque Trianon. Chegando na Av. Paulista, observávamos os prédios e as pessoas; alguns meninos admiravam mulheres bem vestidas que “desfilavam” por lá, chegamos ao vão do Masp para lanchar e trocarmos umas idéias. Um grupo (Welber, Marina e Tamires) foi parado por um rapaz cabeludo que conversou quase dez minutos, por fim oferecendo suas poesias e tendo um não como resposta, os chamou de “pão duros”, coisas da cidade né; observamos jovens ensaiando malabares para depois irem a semáforos próximos, atores descansando e excursões escolares.
Ao atravessarmos a rua para o parque, outra vez nosso olhar parou nos limpadores das vidraças do Masp, que praticam rapel a cada limpeza.
Paramos na entrada observando a base da policia militar, alguém perguntou: “O que ta acontecendo professor?”, “nada é a segurança normal daqui”, e já percebi que notariam algumas diferenças dos parques da periferia, sobretudo quanto a manutenção.
Tiramos fotos na estatua do Anhanguera e conversamos um pouco sobre as bandeiras, entramos em outro clima. Mais fresco e bom para respirar. Bebemos água na estatua, vimos à fonte que expunha belas carpas coloridas, observamos franceses que admiravam o parque, cruzamos a pontezinha e por fim achamos uma parte destinada à ginástica e exercícios corporais. Foi onde nos divertimos um bocado, perguntando aos praticantes como usa-los e nos revezando - dessa forma ninguém lembrou de tirar fotos - saímos dispostos e cansados ao mesmo tempo, cada aparelho trabalhava com o próprio peso da pessoa.
Um dia maravilhoso e desestressante.
09/06/2011
Dia especial: visita da galera da tarde do IPJ (Lageado). Devido a forte chuva, houve um grande esvaziamento de ambas as turmas, contudo as coisas fluíram naturalmente mudando pouco o planejado.
Após pegarem os papéis para o beneficio e conversarem com Pedro (coordenador), e conhecerem um pouco Raimundo (educador IPJ); uma fila em ordem de tamanho (do menor para o maior) foi organizada lado a lado: São Miguel e Lageado. No que se formaram duplas ou trios, certo tempo foi cedido para andarem pelo corredor e conversarem sobre suas respectivas ONGs e realidades.
Quando retornaram para a sala, foi pedido que se organizassem no círculo revezando com uma pessoa de São Miguel e outra do Lageado; feito cada um disse seu nome, depois de feita a roda, agora a pessoa tinha que dizer o nome do jovem ao lado.
E aí cada um falou da conversa que tiveram, observando semelhanças entre uma ONG e outra.
Agora já mais próximos, vimos um vídeo feito pela galera do IPJ, bem criativo e engraçado representava uma sala de aula, onde o tema era a história de Guaianazes.
Na seqüência apresentamos a música cantada no encontro fazendo a galera vibrar (rsrs), foi uma ótima troca.
Pausa para um lanchinho.
Outra dinâmica preencheu nossa tarde: casa, morador, terremoto. Já conhecida por nós essa brincadeira sempre empolgou a galera, agora quem sobrava após o comando dizia-nos uma palavra procurando definir a região onde reside e participa do programa. Apareceram palavras como: periferia, lindo, legal, bairro de negros, interessante, grande e outras.
Lucas do Lageado, cantou uma música de apresentação: sensibilização. Colocando a galera para cantar: “Sensi, sensibi, sensibilização; esse é o rap da apresentação, não pode errar esse refrão, seu nome é ..., o nome del@ é...”e um a um o círculo foi girando.
Para finalizar essa bela tarde, fizemos uma dança circular inspirada na dança do fogo de alguns povos indígenas.
Durante toda a tarde, entre uma dinâmica e outra conversamos bastante, foi um primeiro contato bem bacana. Deixamos o tema sexualidade para um encontro posterior, pelo fato das turmas não estarem completas devido a forte chuva. E tirei um pouco a “cobrança” dos “meus jovens” de conhecerem outra ONG. Em parte né, porque ainda falta irmos lá e também visitar outras turmas.
Valeu Raimundo e galera IPJ, logo, logo seremos nós os visitantes, um abraço.
Na seqüencia da turma da manhã, lá vamos nós ao parque Trianon
terça-feira, 14 de junho de 2011
Fizemos uma dinâmica com mímica; quatro grupos divididos e com os nomes definidos: As havaianas, L.P.N. (Lapena), Game Over e As Poderosas; escolheram filmes para que os outros grupos adivinhassem, se acertassem quem fazia a mímica também ganhava ponto; comentei que da próxima vez seria com os filmes, clipes e documentários que vimos até então.
Mais conversas, mais ensaio, mudanças pequenas no canto, poesia declamada sem folha, definição do ponto de encontro e “Tchau, não se atrasem amanhã tá”.
01/06/2011
Dia especial, onde o contato com jovens de outras ONGs causou uma certa insegurança e “calafrios” quando comentávamos da apresentação. Vendo a movimentação e apresentação de esquetes teatrais e vídeos, se intercalava a pergunta “a gente é o próximo professor?”; por mais que eu falasse que entraríamos por volta das 10:30, era como dizer que eles não precisam me chamar de professor (e na própria música trocaram a palavra educador por professor com a justificativa de”educador não dá rima”) .
Chegada a hora e lá iam eles ansiosos, preocupados em prender a atenção do público.
E assim, tudo ocorreu de forma bem natural (e melhor do que nos ensaios), uma breve conversa com o público antecedeu a apresentação: “Nos não fizemos a música para ninguém chorar, Luan Santana na escola já muito bem isso, não é meninas? Brincadeira, a gente resolveu falar sobre o programa”. Disse Eliseu descontraindo a tensão da galera no palco.
E então: cantaram e por fim Andreza declama sua poesia. O legal foi ver muita gente cantando junto no refrão, empolgando os autores da música. Missão cumprida e o clima eram de euforia, gritos se intercalavam com beijos e abraços ao lado do palco.
Voltamos e vimos às apresentações finais, dentre estas o teatro da turma da manhã, que desconstruíam os contos de fadas.
“Eu achei que nós fomos os melhores”, disse Tainá. E quando conversei em particular com cada um, a maioria repetiu essa frase.
Por mais que em alguns momentos houve dispersão dos jovens (em geral) durante as apresentações, para um primeiro encontro foi muito bom; revelando talentos e criatividade.
Valeu galera de São Miguel, um grande salve a todos.
02/06/2011
Dia tranqüilo e empolgante, as fotos ainda não estavam disponíveis, contudo relembrávamos cada momento e percebi que, desse dia em diante, o violão irá compor nosso dia a dia. Lanchamos e vimos o vídeo com depoimento da professora Amanda Gurgel, comentando a realidade da educação no Rio Grande do Norte.
Em circulo cada um anotou aspectos que consideravam semelhantes a São Paulo, depois a discussão se estendeu e foram muitas as indagações e reflexões sobre a escola atual.
“Na minha escola tem que chegar primeiro pra pegar lugar pra sentar, e mal pode levantar se não já era”, comentou Caíque ressaltando a falta de carteiras e cadeiras em sua escola.
“Eu acho que a escola deveria mudar mais, é sempre a mesma coisa”, finalizou Andreza.
Comentei que na semana seguinte veríamos um filme feito por um professor da rede estadual, que enfocaria a construção de brinquedos na escola Ruth Cabral com materiais encontrados em ferros velhos.
Eliseu e Caíque à postos
O grupo embalando os primeiros versos [ainda tímidos]
Aqui estamos para falar de um encontro. Um evento que reuniu jovens de uma mesma realidade, bairros similares, escolas e ruas parecidas. Praça do Forró? São Miguel? Jd. Lapenna, Jd. Matarazzo, Vila Mara e Jd. Helena. Bairros e vilas que ajudaram a construir São Paulo. E agora a nova geração vem demonstrando inquietação, curiosidade, se encontrando entre o “urbano e o rural”, vendo muitos carros e ônibus e às vezes uma e outra carroça. Alguns gostam de funk, outros de pagode, forró, rock ou sertanejo. Mas todos estão por lá, são: Jovens Urbanos. Convivendo em grupo, circulando na cidade, indagando, duvidando, experimentando. Ao observarmos o encontro, os vimos de fato vivendo.
E cheio de vida foram letra e o poema escritos dentro desse contexto:
Música Jovem Urbanos
(criação coletiva)
Todos os jovens da zona leste e da zona sul, que participam do projeto P.J.U.
Que leva os jovens da periferia a conhecer a cidade do dia-a-dia.
Pode ate chamar de curso, mas pra mim é lazer
Debates com a galera, exploração pra conhecer
Jovens, jovens, Jovens urbanos pela cidade circulando
Jovens, jovens, Jovens urbanos pela cidade Explorando
Nós fazemos o curso com alegria
Levando e trazendo novas sabedorias
Todos interagem com a atividade
Querendo conhecer a nossa cidade
Jovens, jovens, Jovens urbanos pela cidade circulando
Jovens, jovens, Jovens urbanos pela cidade Explorando
Cada lugar que conhecemos é sensacional
Com o professor explicando fica bem legal
E a cidade os jovens passam,a conhecer
Suas histórias, eles querem escrever
Jovens, jovens, Jovens urbanos pela cidade circulando
Jovens, jovens, Jovens urbanos pela cidade Explorando
(Poema da Jovem Andreza)
“No mundo em que vivemos pra muitas pessoas, os dias passam e passam sem alegria, a vida do dia a dia, é só trabalho correria, e o medo de o tempo passar sem marcar é assustador.
O desanimo toma conta diante de tantas noticias ruins, e novamente o medo assombra, medo de sair e não voltar nunca mais, eu sinto saudades da paz, mas a vejo como as estrelas do céu.. Tão bonita e tão distante.
E a vida passa, corre, acelera, pisa fundo, os dias continuam passando e na ânsia de viver até acreditamos, que um mundo melhor é possível, mas não basta acreditar temos que lutar, pois não importa que pra todos os lugares que olharmos sempre haja, dor, destruição e intrigas,
A verdade é que muitas vezes só vemos aquilo que queremos e talvez se passarmos a olhar sem julgar podemos sim encontrar algo bom, pois sempre há, o mal nunca acabara, mas o bem sempre habitara no coração daqueles que buscarem, onde muitos dirão não encontrar algo pelo qual valha a pena lutar.
Um mundo melhor é possível, um mundo mais unido, mas não se iludamos a mudança tem que acontecer em nós primeiro.
E nós jovens temos a obrigação de reacender a esperança no coração daqueles que de tanto sofrimento já estão desacreditados, pois somos nós JOVENS a esperança e toda essa personalidade que temos deve ser mostrada, temos voz, temos caras, somos jovens, JOVENS URBANOS”.
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
- Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer..."
Para o musical infantil Os saltimbancos]